TÍTULO: Maria do Sol
AUTORA: Alice Raposo
EDITORA: Fundação Quixote
ANO: 2016
PÁGINAS: 128
SINOPSE: "Um crime, uma culpa, um fantasma..." Todo livro tem sua história, algo que foi o propulsor para sua criação. Maria do Sol surgiu de uma madrugada que trouxe um sonho. Durante o dia se materializou em um conto. Dois anos após, voltei-me para ela e a concluí. Pedrinho e Maria do Sol irão nos levar por um caminho sem volta. É claro! Pois todo percurso que se segue não há como retroceder em suas consequências. Por isso, agir sem pensar não é um meio a se seguir. Seremos morada das consequências de nossos atos. Portanto, é tão importante analisar cada passo que será dado, não matematicamente como num jogo, pois a existência se tornaria fria e sem vida, mas com verdade, diálogo e sinceridade no agir.

Deixa eu me adiantar e dizer que esse livro é muito fotogênico, gente! Esperei um solzinho aparecer aqui no Sul e as fotos se tiram sozinhas, só pode! Por que eu não tenho dom pra deixar tão lindas assim!



Maria do Sol, do céu, do sistema solar inteiro!


Sabe aqueles livros amorzinho que a gente lê num piscar de olhos e que tem uma baita quantidade de reflexões importantes? 
              É nessa categoria que se encaixa o livro “Maria do Sol” . A meu ver, um romance infanto juvenil escrito numa linguagem apropriada e de fácil entendimento, bem característico dessa categoria. A história flui como uma peça de teatro, o que se encaixou como uma luva para com a história de vida da autora, que fez por muitos anos cursos de teatro e até mesmo peças para a igreja que frequentava.
            Quanto ao enredo, em “Maria do Sol” conhecemos Pedro, um menino tímido de poucos amigos e que vive solitário, vitima da síndrome dos "pais trabalhadores" que, ao invés de lhe presentear “presença” lhe presenteiam aulas e mais aulas extras, pensando no futuro do garoto. O que sempre me intriga, já que “O que será do futuro de uma criança que não tem a companhia dos pais no presente?”
             Até ai já percebemos que essa história tem algo a contar, ou melhor, uma lição para ensinar. O que vem a calhar quando se é uma professora (o meu caso), enquanto lia ficava imaginando que o livro daria uma boa contação de história. Mas continuemos com o enredo. Pedro ou Pedroca (para os mais íntimos) vai passar um fim de semana na casa da avó e comete um erro gravíssimo que o atormenta por anos a fio. Com essa "cena" inicial, Alice Raposo vai nos passando muitas lições através de diálogos entre as personagens. Em razão desse trauma de infância, Pedro vai tomando algumas atitudes para afastar-se dele ou até mesmo para entendê-lo, como fez ao escolher cursar psicologia. É nesse momento da narrativa que encontramos boas, digamos assim, frases de impacto. Assim como também boas dicas de leitura (sim a autora faz aquele diálogo gostoso que inclui analise literária e indicação de livro, que eu tanto amo).




Não querendo atrapalhar, mas já atrapalhando: olha mais uma foto linda aêe, minha gente! 


            Dentre esses pontos positivos, creio que há apenas um detalhe que poderia melhorar, seria ótimo vermos um aprofundamento dos sentimentos das personagens na narrativa. Os momentos passam muito rápido, temos alguns "sofrimentos" que creio foi uma espécie de crítica social, mas que em meio a trama não tiveram um bom foco. No entanto, o livro se encaixa muito em uma peça teatral. A forma como a autora escreve é uma espécie de câmera que filma e diz ao leitor como cena está se desenrolando. Assim, super recomendo a leitura do livro, quem sabe até, para quem tem filhos, uma ótima forma de reunir as crianças e passar um bom tempo lendo e conversando? Creio que o diálogo teria feito tudo por Pedro, se ele tivesse confiança nos pais e pudesse conversar sobre o medo que o afligia. 
            Ficou curioso? Contate a autora e adquira um exemplar! Deixo aqui, meu sincero agradecimento pela parceria e pela dedicatória no livro (aliás, Alice, sua letra é linda rsrs)!

Conheça a autora! 

 Alice Raposo nasceu no Maranhão. Estudou até a quarta série, quando foi passar as férias no Piauí e recebeu a notícia que não mais voltaria. Escreveu peças de teatro apresentadas na Igreja sob sua direção. Fez cursos de teatro e participou de grupos de teatro. Cursou até o quinto período de Odontologia na UFI. Depois cursou Direito no Instituto Camillo Filho. Atualmente é servidora do judiciário trabalhista.

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E mais uma fotinha! Que é pra deixar com gostinho de quero mais!  


Ingritt Maiara da Silva


4 Comentários

  1. Que capa perfeita. Parece ser uma boa história, realidade da vida de hoje. Pais ausentes e "comprando" afeto, quando o que se espera na verdade é presença. Fiquei curiosa. ��

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  2. Que capa maravilhosa!! Fiquei super curiosa para saber mais da história.
    E, ah, resenha incrível.

    Um beijo!
    www.becodasleitoras.blogspot.com

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  3. Amei a resenha, não conhecia este livro e nem a autora e me deixou super curiosa, principalmente as características que remetem a uma peça de teatro que você levantou. Suas fotos ficaram lindas, e realmente essa capa combina com natureza e ficou espetacular, não há luz mais linda que a do próprio Sol. Parabéns! <3

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  4. Ficou linda sua resenha Iggy e a capa é maravilhosa mesmo. Tenho ele aqui e to anciosa para ler.
    Parabéns, você é demais no que faz.

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